sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Thalía, suas Marias e as novelas mexicanas

Alô, alô, barraqueiros!


Vamos descer pro lado repleto de maracas, chocalhos, muita gente dançando repleta de laquê, babados e caras e bocas, nossa hora de falar de coisa boa: novelas mexicanas do SBT.

Então, dia 4 (terça-feira), a Televisa promoveu um especial sobre seus famosos dramalhões, chamado Temas de Telenovelas. Claro, óbvio e evidente: Thalía esteve lá e parecia que tinha acabado de gravar um capítulo de Rosalinda, ajeitou a juba e apareceu pra cantar.

Não adianta disfarçar: eu sei que você viu todas as minhas novelas!
A atriz, cantora, empresária e radialista, que nas horas é uma espécie de Dr. Who, que não envelhece nem troca de corpo, deve ser a mexicana mais brasileira desse mundo. Apesar de ter desembarcado em terras brasileiras em 1991, protagonizando a novela Quinceañera (de 1987, aqui chamada de 15 Anos e Meus 15 Anos), foi só no ano seguinte, no papel da cabeluda bilheteira Maria Mercedes que Thalía virou queridinha dos telespectadores do Seu Sílvio Santos e de todo o Brasil.

Beatriz, em 15 Anos
Maria Mercedes em... ah, cê sabe!
Em 1994 veio Marimar e um ano depois estreava, talvez, seu maior sucesso e campeão de reprises Maria do Bairro, que grudou na cabeça o casal Thalía + Fernando Colunga e trouxe à luz Soraya Montenegro (vivda por Itatí Cantoral), a vilã mais doida e sem noção que eu já vi. Soraya caiu tanto nas graças do povo que, ao lado de Paola Bracho (de A Usurpadora, reprisada ano sim, outro também), reinam quase absolutas na internet, aparecendo em milhares de gifs, banners e memes de todo tipo pelos blogs, sites, tumblrs e redes sociais.

Marimar, que também era Maria (Maria do Mar Perez)
Maria do Bairro, ay, caramba!
Soraya Montenegro: desprezando marginais e atacando garotinhas paraplégicas desde 1995
Vai gritar, queridinho?
Mais tarde, em 2001, apareceu Maria Rosalinda (1999), a última novela de Thalía, que podia até não ter "Maria" no nome, mas a história foi bem a mesma: 

Moça muito pobre, ingênua e meio burra conhece jovem rico, se apaixona, mas tem que enfrentar __________________ (preencha com "a mãe"/"a ex-noiva"/"a ex-mulher"/"a família toda"/"qualquer um de olho na herança") que não vai permitir a felicidade do casal. Ela fica grávida, eles se separam, ela perde a memória, ela tem um cachorro, ela reaparece como outra pessoa, se vinga de todo mundo, despreza o galã por 130 capítulos, pra no fim os dois se casarem (ou reatarem o casamento) e se beijarem nos últimos três minutos do último capítulo, enquanto a câmera se afasta e aparece a palavra Fin em letras rebuscadas.

Thalía em Rosalinda: já era 1999 e a mulher com a mesma cara! Só pode ser macumba!
Isso tudo acima acontece entremeado de cenas aéreas da cidade do México, barracos, confusões e gritarias, vilãs com maquiagens pesadas, cabelos armados, risadas demoníacas e ombreiras gigantescas, em altos closes nos carões que todo mundo faz, o tempo todo, mesmo que não haja nada importante a ser dito.

Apanhando na cadeira em 4 atos
Furacão Soraya
Depois das dorgas...
Aprendeu, Luiz Fernando?
Maria, tá tudo bem?
"Tô de boas.."
Tá, eu sei, as novelas são totalmente trash, exageradas até dizer que chega, ridiculamente iguais e melodramáticas, mas duvido que vocês não tenham perdido, pelo menos, uma tarde com a TV ligada no SBT assistindo a Thalía chorar com gosto, rezando à Virgenzinha de Guadalupe (que sempre aparecia na tela do lado contrário ao que a Thalía estava olhando).

Isso tudo fez parte da infância/adolescência/juventude (e até terceira idade) de quem pegou os anos 90, e do jeito que o SBT repete, meus bisnetos vão aparecer cantando María, María la del Barrio...

Como nada no Youtube dura, corre, enquanto a Televisa não dá sumiço no vídeo com a performance da musa latina relembrando seus antigos sucessos novelísticos. Noveleiros atentos vão perceber que falta o tema de Maria Mercedes (mas tem o de 15 Anos, que eu nem sabia que existia). Quem liga? Todo mundo vai se acabar na Marimar ou na Maria do Bairro mesmo, então...

Va con tooooodo DJ!



E aí, curtiram?

Abração, e até!

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