Alô, alô, barraqueiros!.
Hoje é Natal.
Para alguns, uma junção à la Frankenstein de festas pagãs de vários povos no decorrer da História na celebração daquela que se tornou a maior religião do mundo.
Para outros, um dos raros dias do ano em que se cumpre uma tradicional obrigação familiar de se reunir parentes e, talvez, amigos, para fartarem-se em uma refeição especialmente preparada e trocarem presentes e votos prontos de um bom dia e de um próspero ano vindouro.
Há os que lucram,
E os que se endividam.
Há os indiferentes,
E os que o odeiam.
Há os que celebrarão entre sorrisos,
E os que, entre lágrimas, só desejarão que este dia termine.
Há os que terão muito,
E os que passarão este dia sem coisa alguma, outra vez.
E há os que esperam.
Os que esperam, com uma alegriazinha que teima em fazer brotar um sorriso nos lábios e encher de lágrimas os olhos por causa de uma data que já foi celebrada tantas vezes (e talvez o será outras tantas), mas que segue capaz de fazer o coração se aquecer, o amor aflorar e o despertar o desejo de renascer, de ser melhor, de dar o melhor de si aos outros.
Para quem é cristão, como eu, que sou católico, é fácil entender a razão de o Natal não ser apenas mais um dia (ou, pelo menos, não deveria ser). É um mistério de amor muito grande e bonito pensar que a Divindade desceu à terra, assumiu corpo humano e enfrentou a dureza de nossa vida para mostrar-se mais perto de nós, associada ao homem em tudo, menos no pecado.
É belo pensar que Deus quis ter família, pai, mãe e uma multidão de irmãos - e tê-los todos consigo, chegando, para isso às últimas consequências.
Ainda para os que não creem, deveria ser belo pensar no nascimento de uma criança, pequena, indefesa, pobre, necessitada de tudo, conter em si a totalidade de um amor que deveria se espalhar por todos os corações, gentes e povos.
O mundo necessita de amor, de amor verdadeiro, vindo do mais profundo centro de nosso coração e alma, que se externa, que chega ao outro e que nos move a doar-nos.
Este foi um ano em que, de várias formas, vimos o quanto o amor se faz urgente e necessário em nosso mundo e em nosso país. Vimos ainda o quanto nós, todos nós, em maior ou menor grau, seguimos fechados em nós mesmos, ocupados com nossos interesses e afazeres, quando não movidos pela ganância e pelos maus desejos que fazem crescer o egoísmo em nós.
Não se pode esperar um futuro belo, positivo, promissor, se não lançarmos a semente adequada. Não se obtêm figos de uma macieira, como não se colhe o bem, plantando-se o mal.
Assim, neste dia, desejo que cada um de vocês, crentes ou não, desfrutem plenamente deste abençoado dia, na companhia dos que lhes são caros, familiares, amigos, ou mesmo sozinhos. Que este dia não seja o reflexo do pior que vivemos neste ano, mas seja, desde agora, o sinal de esperança para o ano que virá.
Não façam promessas. Apenas amem e se deixem amar. Compartilhem o melhor de vocês, mesmo que a programação não saia perfeitamente como o planejado e que certas coisas fujam do controle. É natural do ser humano.
Lembrem-se que, por mais valiosos, belos ou desejáveis que sejam os presentes, todas as coisas (e pessoas) passam (inclusive você). Então, curtam o dia! Aproveitem-no! Vivam-no com alegria e de coração aberto. Desejem! Sonhem! Amem!
Repito: o mundo precisa de amor.
Aliás, me corrijo: o mundo precisa dO Amor! Deixem-no entrar e fazer morada convosco!
A todos vocês, que estiveram comigo durante este primeiro ano da nova fase do Barraco do Leon, um Feliz, Santo e Abençoado Natal!
Não havia lugar para eles nas hospedarias de Belém. Será que haverá nos corações de hoje um pouso para o casal de Nazaré e o filho que há de nascer? |
Abração, e até!
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