sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Seu nome, por favor?

Alô, alô, barraqueiros!



Oh, na na, what's my name?  
Nem eu sei mais...

Não, este post não tem nada a ver com Rihanna, Walter White de Breaking Bad ou com aquela música velha das Destiny's Child, mas com nomes, essas palavrinhas que podem ser tão doces (como quando a/o namorada/o te chama para dizer que vai estar sozinha/o em casa, digo, digo) ou causar um terror quase mortal (tipo quando sua mãe te grita pelo nome completo, com o chinelo na mão) ou te colocar em situações engraçadas... e outras nem tanto assim (se você tem uma palavra em alemão no lugar do nome ou foi registrado pelo tio zoeiro da família, vai saber do que estou falando, rsrs).

Ainda que nem todo mundo goste do nome que recebeu, de modo geral, as pessoas têm uma ligação muito forte com ele. É um dos elementos que nos ajudam a construir, desde muito cedo, uma noção de um universo próprio, de que a gente não é mero apêndice da vida alheia, mas que somos seres únicos, com uma história particular.

O nome faz parte da nossa história, e já traz coisas consigo (a razão - ou razões - da escolha, o significado da palavra, alguma curiosidade maluca) e vai se somando a inúmeras lembranças e experiências que a gente vai vivendo no decorrer da vida.

Por isso, eu acredito que nosso nome é uma parte muito importante de nós, muito especial - afinal, o simples fato de você se chamar Carlos, e não Emanuel, quer dizer alguma coisa, né nom?

Eu sempre curti muito o fato de me chamar Leonardo (não, galera, não nasci Leon - snif -, é a vida), apesar de ter sido mais chamado por apelidos do que por meu nome completo. Em todo caso, mesmo quando criança, eu gostava muito do meu nome. Um dia, ouvi dizer que os nomes, assim como as palavras em um dicionário, também tinham significados, e fui procurar qual era o do meu. Quando eu descobri, passei a achar meu nome ainda mais foda!

Não sou Da Vinci...

Segundo várias fontes, Leonardo deriva do alemão antigo Leonhard, junção das expressões levon/leon (que significa "leão" - olha que novidade!) e hardu (valente, corajoso, ousado, forte), o que daria "forte e bravo como o leão"! Tudo a ver comigo!... Se bem que forte, eu ainda não sou... e quanto ao bravo, só quando mexem na minha comida... é, digo... O fato é que, mesmo não sendo tão bravo ou tão forte, hehe, acredito que o nome tem muito a ver comigo e meus pais 'tão de parabéns por terem me dado um nome tão simples, mas ao mesmo tempo tão bonito e cheio de força.

Nem DiCaprio...

É por ser tão grato por esse nome que eu sempre tive uma raiva monstra quando trocavam meu nome, quando era garoto (e ainda tenho, mas já dei um pouco de "sossega pro leão" - sentiu, hein, hein? e a raiva tá controladinha). Olha... vou te contar... Se queria me deixa irritado, uma das coisas me chamar pelo nome errado. Ô, loco! Se meus pais quisessem que eu fosse chamado do jeito que quisessem teriam mandado deixar um espaço em branco na minha certidão de nascimento! Né nom?

Eu tenho um irmão, um pouquinho mais novo, e crescemos sempre juntos. Morando no Brasil, em cidade do interior, e tendo nascido nos anos 90, no auge da fama de duplas sertanejas/românticas, como Chitão e Xororó, Zezé e Luciano, era muito comum eu passar pela cena seguinte:

Dona Fulana: São seus filhos, Tereza?
Minha mãe: Sim, são.
Dona Fulana: Como se chamam?
Minha mãe: O mais velho, Leonardo..
Dona Fulana, saltando na frente: E o outro é Leandro?
Minha mãe: Não, é Matheus.
Dona Fulana: Ah... Achei que você fosse completar a dupla sertaneja (risinho amarelo)...
Minha mãe (que não era obrigada): Não, nós escolhemos por que gostamos dos nomes, mesmo. Teve nada a ver com a dupla não.

Como se não fosse bastante, essa cena ainda poderia ter um apêndice (que já se repetiu mais vezes do que eu possa contar ¬¬):

Dona Fulana: São seus filhos, Tereza?
Minha mãe: Sim, são.
Dona Fulana: Nossa, são gêmeos?
Minha mãe: Não, Leonardo é um ano e três meses mais velho...
Dona Fulana: E o outro é Leandro?

Nem esse Leonardo!

Em família, nunca nos achamos parecidos, mas o que tem de gente que ainda jura que meu irmão e eu somos gêmeos, até hoje, não tá escrito! Mas, voltando aos nomes, nas cenas acima, o "Leandro" ter sido meu irmão, pra muita gente, o "Leandro" sou eu. ¬¬ Sacanági!

Mas, e quando não eram os de fora, mas minha própria mãe quem trocava meu nome com o do meu irmão? Çocooooooorr! Aí, é demais! Meus pais vieram de famílias grandes, com mais de dez filhos. E os dois contam a mesma história: que as mães deles (minhas avós) chamavam todos os filhos pra chamar um só. Pra eles, isso justificava confundirem os nomes lá em casa, também. Só que lá, nós somos só dois... ¬¬ Temço, não?


... Sou só o Leon... digo, digo... não esse...

Mas este aqui! Ufa!

Por isso, eu até nem me importo, em boa parte dos casos, quando as pessoas acabam me chamando de Leo (como quase todo mundo, pessoalmente) ou Leon (como na internet e alguns poucos amigos) - menos quando vem a falsiane querendo intimidade porque, para muita gente, acaba sendo mais fácil lembrar da forma reduzida que do nome todo. No fim das contas, a sina do Leonardo é ser Leo(n) mesmo, né? Mas, Leandro, não! Não admito! Sai pra lá, que não sou suas nega! Eu, hein? U_U

Ah, gente! Não me julguem! Rsrsrsrs Tenho direito!

No correr da vida, conheci muitas pessoas, várias delas, amigas minhas, com nomes bem mais... hum, digamos... exóticos que o meu e causos beeeeeem mais bizarros, que compartilharam comigo. Uns levaram na brincadeira; outros, nem tanto; alguns, até curtem a esquisitice e potencializam o efeito do nome; tem gente que troca (oficialmente ou não)...

Enfim, o nome é um pedaço de nós que pertence mais aos outros, que a nós mesmos (já que são os de fora que o usam mais), traz consigo uma porção de histórias e nos acompanha por outras tantas, nos ajuda a definir nosso lugar no mundo... Nos faz sermos... nós!

O que eu quis, com este post sobre nome, é compartilhar minhas experiências com meu nome, que, apesar de tão simples, já rendeu situações engraçadas (algumas meio vexatórias e razoavelmente traumáticas) e me fez pensar sobre a importância e no significado que uma palavra pode ter em nossa vida, nossa história, na forma como vemos o mundo e convivemos com os outros.

E vocês, quais são suas histórias com seus nomes?
Contem pra mim!

Abração do Leon, e até!

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