sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Aos Barraqueiros, um Feliz Natal!

Alô, alô, barraqueiros!.

Hoje é Natal.

Para alguns, uma junção à la Frankenstein de festas pagãs de vários povos no decorrer da História na celebração daquela que se tornou a maior religião do mundo.

Para outros, um dos raros dias do ano em que se cumpre uma tradicional obrigação familiar de se reunir parentes e, talvez, amigos, para fartarem-se em uma refeição especialmente preparada e trocarem presentes e votos prontos de um bom dia e de um próspero ano vindouro.

Há os que lucram,
E os que se endividam.
Há os indiferentes, 
E  os que o odeiam.
Há os que celebrarão entre sorrisos,
E os que, entre lágrimas, só desejarão que este dia termine.
Há os que terão muito,
E os que passarão este dia sem coisa alguma, outra vez.
E há os que esperam.
Os que esperam, com uma alegriazinha que teima em fazer brotar um sorriso nos lábios e encher de lágrimas os olhos por causa de uma data que já foi celebrada tantas vezes (e talvez o será outras tantas), mas que segue capaz de fazer o coração se aquecer, o amor aflorar e o despertar o desejo de renascer, de ser melhor, de dar o melhor de si aos outros. 

Para quem é cristão, como eu, que sou católico, é fácil entender a razão de o Natal não ser apenas mais um dia (ou, pelo menos, não deveria ser). É um mistério de amor muito grande e bonito pensar que a Divindade desceu à terra, assumiu corpo humano e enfrentou a dureza de nossa vida para mostrar-se mais perto de nós, associada ao homem em tudo, menos no pecado.

É belo pensar que Deus quis ter família, pai, mãe e uma multidão de irmãos - e tê-los todos consigo, chegando, para isso às últimas consequências.

Ainda para os que não creem, deveria ser belo pensar no nascimento de uma criança, pequena, indefesa, pobre, necessitada de tudo, conter em si a totalidade de um amor que deveria se espalhar por todos os corações, gentes e povos.

O mundo necessita de amor, de amor verdadeiro, vindo do mais profundo centro de nosso coração e alma, que se externa, que chega ao outro e que nos move a doar-nos.

Este foi um ano em que, de várias formas, vimos o quanto o amor se faz urgente e necessário em nosso mundo e em nosso país. Vimos ainda o quanto nós, todos nós, em maior ou menor grau, seguimos fechados em nós mesmos, ocupados com nossos interesses e afazeres, quando não movidos pela ganância e pelos maus desejos que fazem crescer o egoísmo em nós.

Não se pode esperar um futuro belo, positivo, promissor, se não lançarmos a semente adequada. Não se obtêm figos de uma macieira, como não se colhe o bem, plantando-se o mal.

Assim, neste dia, desejo que cada um de vocês, crentes ou não, desfrutem plenamente deste abençoado dia, na companhia dos que lhes são caros, familiares, amigos, ou mesmo sozinhos. Que este dia não seja o reflexo do pior que vivemos neste ano, mas seja, desde agora, o sinal de esperança para o ano que virá.

Não façam promessas. Apenas amem e se deixem amar. Compartilhem o melhor de vocês, mesmo que a programação não saia perfeitamente como o planejado e que certas coisas fujam do controle. É natural do ser humano.

Lembrem-se que, por mais valiosos, belos ou desejáveis que sejam os presentes, todas as coisas (e pessoas) passam (inclusive você). Então, curtam o dia! Aproveitem-no! Vivam-no com alegria e de coração aberto. Desejem! Sonhem! Amem!

Repito: o mundo precisa de amor.
Aliás, me corrijo: o mundo precisa dO Amor! Deixem-no entrar e fazer morada convosco!

A todos vocês, que estiveram comigo durante este primeiro ano da nova fase do Barraco do Leon, um Feliz, Santo e Abençoado Natal!

Não havia lugar para eles nas hospedarias de Belém.
Será que haverá nos corações de hoje um pouso para o casal de Nazaré e o filho que há de nascer?

Abração, e até!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Seu nome, por favor?

Alô, alô, barraqueiros!



Oh, na na, what's my name?  
Nem eu sei mais...

Não, este post não tem nada a ver com Rihanna, Walter White de Breaking Bad ou com aquela música velha das Destiny's Child, mas com nomes, essas palavrinhas que podem ser tão doces (como quando a/o namorada/o te chama para dizer que vai estar sozinha/o em casa, digo, digo) ou causar um terror quase mortal (tipo quando sua mãe te grita pelo nome completo, com o chinelo na mão) ou te colocar em situações engraçadas... e outras nem tanto assim (se você tem uma palavra em alemão no lugar do nome ou foi registrado pelo tio zoeiro da família, vai saber do que estou falando, rsrs).

Ainda que nem todo mundo goste do nome que recebeu, de modo geral, as pessoas têm uma ligação muito forte com ele. É um dos elementos que nos ajudam a construir, desde muito cedo, uma noção de um universo próprio, de que a gente não é mero apêndice da vida alheia, mas que somos seres únicos, com uma história particular.

O nome faz parte da nossa história, e já traz coisas consigo (a razão - ou razões - da escolha, o significado da palavra, alguma curiosidade maluca) e vai se somando a inúmeras lembranças e experiências que a gente vai vivendo no decorrer da vida.

Por isso, eu acredito que nosso nome é uma parte muito importante de nós, muito especial - afinal, o simples fato de você se chamar Carlos, e não Emanuel, quer dizer alguma coisa, né nom?

Eu sempre curti muito o fato de me chamar Leonardo (não, galera, não nasci Leon - snif -, é a vida), apesar de ter sido mais chamado por apelidos do que por meu nome completo. Em todo caso, mesmo quando criança, eu gostava muito do meu nome. Um dia, ouvi dizer que os nomes, assim como as palavras em um dicionário, também tinham significados, e fui procurar qual era o do meu. Quando eu descobri, passei a achar meu nome ainda mais foda!

Não sou Da Vinci...

Segundo várias fontes, Leonardo deriva do alemão antigo Leonhard, junção das expressões levon/leon (que significa "leão" - olha que novidade!) e hardu (valente, corajoso, ousado, forte), o que daria "forte e bravo como o leão"! Tudo a ver comigo!... Se bem que forte, eu ainda não sou... e quanto ao bravo, só quando mexem na minha comida... é, digo... O fato é que, mesmo não sendo tão bravo ou tão forte, hehe, acredito que o nome tem muito a ver comigo e meus pais 'tão de parabéns por terem me dado um nome tão simples, mas ao mesmo tempo tão bonito e cheio de força.

Nem DiCaprio...

É por ser tão grato por esse nome que eu sempre tive uma raiva monstra quando trocavam meu nome, quando era garoto (e ainda tenho, mas já dei um pouco de "sossega pro leão" - sentiu, hein, hein? e a raiva tá controladinha). Olha... vou te contar... Se queria me deixa irritado, uma das coisas me chamar pelo nome errado. Ô, loco! Se meus pais quisessem que eu fosse chamado do jeito que quisessem teriam mandado deixar um espaço em branco na minha certidão de nascimento! Né nom?

Eu tenho um irmão, um pouquinho mais novo, e crescemos sempre juntos. Morando no Brasil, em cidade do interior, e tendo nascido nos anos 90, no auge da fama de duplas sertanejas/românticas, como Chitão e Xororó, Zezé e Luciano, era muito comum eu passar pela cena seguinte:

Dona Fulana: São seus filhos, Tereza?
Minha mãe: Sim, são.
Dona Fulana: Como se chamam?
Minha mãe: O mais velho, Leonardo..
Dona Fulana, saltando na frente: E o outro é Leandro?
Minha mãe: Não, é Matheus.
Dona Fulana: Ah... Achei que você fosse completar a dupla sertaneja (risinho amarelo)...
Minha mãe (que não era obrigada): Não, nós escolhemos por que gostamos dos nomes, mesmo. Teve nada a ver com a dupla não.

Como se não fosse bastante, essa cena ainda poderia ter um apêndice (que já se repetiu mais vezes do que eu possa contar ¬¬):

Dona Fulana: São seus filhos, Tereza?
Minha mãe: Sim, são.
Dona Fulana: Nossa, são gêmeos?
Minha mãe: Não, Leonardo é um ano e três meses mais velho...
Dona Fulana: E o outro é Leandro?

Nem esse Leonardo!

Em família, nunca nos achamos parecidos, mas o que tem de gente que ainda jura que meu irmão e eu somos gêmeos, até hoje, não tá escrito! Mas, voltando aos nomes, nas cenas acima, o "Leandro" ter sido meu irmão, pra muita gente, o "Leandro" sou eu. ¬¬ Sacanági!

Mas, e quando não eram os de fora, mas minha própria mãe quem trocava meu nome com o do meu irmão? Çocooooooorr! Aí, é demais! Meus pais vieram de famílias grandes, com mais de dez filhos. E os dois contam a mesma história: que as mães deles (minhas avós) chamavam todos os filhos pra chamar um só. Pra eles, isso justificava confundirem os nomes lá em casa, também. Só que lá, nós somos só dois... ¬¬ Temço, não?


... Sou só o Leon... digo, digo... não esse...

Mas este aqui! Ufa!

Por isso, eu até nem me importo, em boa parte dos casos, quando as pessoas acabam me chamando de Leo (como quase todo mundo, pessoalmente) ou Leon (como na internet e alguns poucos amigos) - menos quando vem a falsiane querendo intimidade porque, para muita gente, acaba sendo mais fácil lembrar da forma reduzida que do nome todo. No fim das contas, a sina do Leonardo é ser Leo(n) mesmo, né? Mas, Leandro, não! Não admito! Sai pra lá, que não sou suas nega! Eu, hein? U_U

Ah, gente! Não me julguem! Rsrsrsrs Tenho direito!

No correr da vida, conheci muitas pessoas, várias delas, amigas minhas, com nomes bem mais... hum, digamos... exóticos que o meu e causos beeeeeem mais bizarros, que compartilharam comigo. Uns levaram na brincadeira; outros, nem tanto; alguns, até curtem a esquisitice e potencializam o efeito do nome; tem gente que troca (oficialmente ou não)...

Enfim, o nome é um pedaço de nós que pertence mais aos outros, que a nós mesmos (já que são os de fora que o usam mais), traz consigo uma porção de histórias e nos acompanha por outras tantas, nos ajuda a definir nosso lugar no mundo... Nos faz sermos... nós!

O que eu quis, com este post sobre nome, é compartilhar minhas experiências com meu nome, que, apesar de tão simples, já rendeu situações engraçadas (algumas meio vexatórias e razoavelmente traumáticas) e me fez pensar sobre a importância e no significado que uma palavra pode ter em nossa vida, nossa história, na forma como vemos o mundo e convivemos com os outros.

E vocês, quais são suas histórias com seus nomes?
Contem pra mim!

Abração do Leon, e até!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Momento déjà vu: os remakes na TV

Alô, alô, barraqueiros!

Tudo bem com vocês?
Espero que sim!

Eu já vi isso antes, eu já vi isso antes, eu já... Ei, péra!

Vocês já devem ter visto, lido ou ouvido de alguém uma história parecida: a pessoa está (ou estava) vivendo alguma coisa e tem (ou teve) a bizarra sensação de já ter visto aquilo antes, igualzinho, do mesmo jeito!


Mais como?
Será possível?
Isso é de Deus?
Ou é do capiroto?

Muitas explicações são dadas a esse fenômeno chamado déjà vu. O fato é que, seja qual for a justificativa exata, os cientistas afirmam, de modo geral, que essa impressão é coisa da sua cabeça, mesmo. Nunca aconteceu, mas o cérebro registra e processa aquilo de uma forma defeituosa.

E eles estão certos?
Se estão, eu não sei, mas que isso acontece, acontece.
E, muitas vezes, você está lá, sentadão em frente ao sofá, relaxado, em seu momento de ócio, quando se levanta de um salto e grita ou não: Epa! Já vi isso antes!

Nesse caso, meus amigos, a chance de estarem certos é muito, muito grande, e a culpa disso é dos famosos remakes (outra palavrinha estrangeira besta pra dizer que algo foi "refeito", feito de novo).

Breve, nos cinemas ou em sua TV, uma história completamente original... SQN

Há muitas décadas, os brasileiros se acostumaram a consumir produtos de culturas estrangeiras, em especial o que é made in USA. Além das músicas, um mundo de séries, filmes, desenhos e outros programas, livros e impressos de tudo quando é jeito invadem o país a torto e a direito. Tem quem torça o nariz, mas tem que adore e se sinta quase um nativo dos States, cercado por tanta referência cultural norte-americana (ou misture tudo com a cultura brasileira, que já é bem misturada, e faça John virar João e tá tudo em casa).

Antes que me apontem dedos, me chamando de xenofóbico ou de hipócrita, já me defendo: eu também consumo meus importados, viu? U_U Tem muita coisa vinda de fora que me agradou, conquistou mesmo, e chamou mais atenção do que equivalentes brazucas ou elementos culturais dos mesmos segmentos produzidos aqui. Pode ser triste, mas é verdade, gente... Desde música, quadrinhos a séries (ah, as séries... Quem leu meus últimos posts entende o que eu tô falando, rsrs).

FOCO!

Voltando ao ponto: de tempos em tempos, a indústria cultural (e seus produtores, escritores, roteiristas, tomadores de decisão e gente endinheirada que não sabe onde enfiar tanta grana) resolve sacudir a poeira, revirar o baú e requentar alguma coisa que tenha feito muito sucesso ou não, na tentativa de ganhar mais dinheiro ou não e contentar fãs saudosos e profundamente nostálgicos ou não, além de, quem sabe, abocanhar uma nova leva de vidradinhos para o lado negro da força.

King Kong, de 1933, gerou seis remakes e já tem mais um, pra chegar em 2017. Já A Fantástica Fábrica de Chocolate, de 2005, desenterrou o original, de 1971, e fez o primeiro Willy Wonka (tão esquisito quanto o interpretado pelo igualmente bizarro Johnny Deep) viralizar na internet. Até o famosão Titanic, de 1997, ganhador de onze Oscars, pode ser considerado, de certa forma, um remake, se a gente considerar que a história do naufrágio do RMS Titanic, em 1912, já tinha sido contada outras cinco vezes antes, sendo que os dois primeiros filmes foram feitos no ano do acidente!

A história de Charlie, Willy Wonka, a fábrica de chocolates e os Oompa-Loompas
foi adaptada para o cinema em 1971 e em 2005.
 
"Titanic", em duas de suas seis versões: a de 1953 e a de 1997.

Eu poderia dar mais um milhão de exemplos, mas o Google e a Wikipedia estão aí pra isso. Então, vamos ao que interessa.

Como, na televisão - e na Arte, de modo geral, eu acho - nada se cria, tudo se copia, requentar produções não seria exclusividade dos gringos. Não, senhor! As TVs brasileiras já se valeram muuuuuuito desse recurso pra segurar, trazer de volta ou alavancar a audiência.

Querem relembrar alguns remakes que marcaram sua infância? Aquela novela que sua avó assistia e não parava de falar e que, anos depois, apareceu repaginada e vocês ficavam brigando pra defender que a "sua" era melhor? Ou, mesmo, se surpreender descobrindo que aquela história, com  cara de inédita, já era o remake do remake?

Veeeeeem, comeeeeeeeeeeeeeego!

Quando a televisão chegou ao Brasil, a programação era toda ao vivo... e independente! Pois é! As primeiras emissoras surgiram no Rio de Janeiro e em São Paulo e, com o passar dos anos, entre as décadas de 50 e 60, seus donos foram adquirindo outras nos demais estados. O caso é que, em cada lugar, as emissoras tinham cara própria, elenco próprio e, com isso, programação própria. De igual, só levavam o nome, mesmo, na maior parte das vezes. No geral, o conceito de "rede", em que uma emissora principal define a programação e outras apenas reproduzem, integral ou parcialmente, só foi aparecer mais pra metade dos anos 60 e se consolidar na década seguinte.

 

Apesar de terem o mesmo nome e o mesmo dono, as Tupis de São Paulo (canal 3)
e do Rio (canal 6) eram tão diferentes, que se tornaram rivais!

Por isso, programas como o Sítio do Picapau Amarelo tinham versões independentes ocorrendo na mesma época, em cidades diferentes com atores distintos. Assim, em 1952, o Sítio era exibido na TV Tupi do Rio de Janeiro e na de São Paulo com elencos diferentes, contando apenas com a atriz Lúcia Lambertini, que interpretava a "terrível" boneca Emília nas duas atrações.

Seja no Sítio do Rio..

... ou no de São Paulo, Lúcia Lambertini foi sempre a Emília.

A obra de Monteiro Lobato recebeu adaptações para o cinema em 1951, com o filme O Saci, e depois em 1973, com O Picapau Amarelo. Na TV, após a estreia com sucesso nas Tupis, o Sítio foi levado em 1964 para a TV Cultura, sem muito êxito, depois para a TV Bandeirantes, em 1967, ficando três anos no ar.

Por último, foi a vez da Rede Globo se transformar na casa dos personagens do Lobatão (e explorá-los até não poder mais). Muita gente se lembra da versão "clássica" dos anos 70, tida por muita gente como a "primeira" do Sítio na TV (mas vocês viram que não foi, hahaha). O programa começou em 1977 e durou até 1986, sendo reprisado algumas vezes nos anos 90. Já em 2001, a Globo quis requentar Dona Benta, Narizinho e Cia. Ltda. (olhaí!) para mostrar à molecadinha que existe programa pra criança made in Brazil. Essa versão durou até 2007, quando foi cancelada por baixa audiência. Em 2012, surgiu, por fim, a versão em desenho animado, que ainda tem sido exibida.

O elenco principal (e primeiro) da famosa versão do Sítio nos anos 70.

O primeiro elenco da versão anos 2000 do Sítio.
Mas as adaptações não foram exclusividade dos programas infantis. Os adultos também viram histórias requentadas - algumas vezes, com grande sucesso, enquanto em outras, nem tanto - principalmente quando o assunto é novela. E isso começou a acontecer também já no início da TV brasileira!

Helena, em 1952 - TV Paulista; em 1975 - TV Globo; em 1987 - TV Manchete


"Helena", na TV Paulista, em 1952
(na foto, Jane Batista, a primeira Helena de Manoel Carlos, e Paulo Goulart)

Logo de "Helena", na TV Globo, em 1975
Logo de "Helena", na TV Manchete, em 1987

Alô Doçura (série), de 1953 a 1964 - TV Tupi; em 1990 - SBT; em 1967, como A de Amor - TV Excelsior

Senhora, em 1953 - TV Paulista; em 1962 - TV Tupi; em 1972, como O Preço de Um Homem* - TV Tupi; em 1975 - TV Globo; em 2005, como Essas Mulheres* - TV Record

A Moreninha, em 1956 - TV Tupi Rio; em 1965 e 1975 - TV Globo

A Muralha, em 1958 - TV Tupi; em 1963 - TV Cultura; em 1969 - TV Excelsior; em 2000 - TV Globo


Logo de "A Muralha", na TV Excelsior, em 1969

Logo de "A Muralha", na TV Globo, em 2000

A Ponte de Waterloo, em 1958, 1959 e 1967 - TV Tupi

Éramos Seis, em 1958, 1967 e 1977 - TV Tupi; em 1994 - SBT


Logo de "Éramos Seis", na TV Tupi, em 1977


Logo de "Éramos Seis", em 1994, no SBT

O Pequeno Mundo de Dom Camilo, em 1958 - TV Tupi (SP); em 1965, como Padre Tião - TV Globo; em 1972, como Dom Camilo e os Cabeludos - TV Tupi

Cabocla, em 1959 - TV Rio; em 1979 e 2004 - TV Globo


Logo de "Cabocla", na TV Globo, em 1979

Logo de "Cabocla", na TV Globo, em 2004

Escrava Isaura, em 1961 - TV Itacolomi (BH); em 1976 - TV Globo; em 2004 - TV Record


A Isaura de Lucélia Santos, em 1976, e a de Bianca Rinaldi, em 2004

A Intrusa, em 1962 e 1967 - TV Tupi; em 1980, como Plumas e Paetês*, e em 2000, como Esplendor* - TV Globo

2-5499 Ocupado, em 1963 - TV Excelsior; em 1999, como Louca Paixão - TV Record

Alma Cigana, em 1964 - TV Tupi; em 1971, como A Selvagem - TV Tupi

O Direito de Nascer, em 1964 e 1978 - TV Tupi; em 1997/2001 - SBT


Logo de "O Direito de Nascer", na TV Tupi, em 1964

Logo de "O Direito de Nascer", na TV Tupi, em 1978

Logo de "O Direito de Nascer", no SBT, em 2001

A Indomável, em 1965 - TV Excelsior; em 1974, como O Machão - TV Tupi; em 2000, como O Cravo e a Rosa - TV Globo

A Deusa Vencida, em 1965 - TV Excelsior; em 1980 - TV Bandeirantes

As Minas de Prata, em 1966 - TV Excelsior; em 2001, como A Padroeira* - TV Globo


Logo de "As Minas de Prata", em 1966, na TV Excelsior


Logo de "A Padroeira", em 2001, na TV Globo

Estrelas no Chão, em 1967 - TV Excelsior; em 1977, como Espelho Mágico* - TV Globo

O Morro dos Ventos Uivantes, em 1967 - TV Globo; em 1973, como Vendaval* - TV Record

O Tempo e o Vento, em 1967 - TV Excelsior; em 1985 (minissérie) e 2014 (microssérie) - TV Globo

O Terceiro Pecado, em 1968 - TV Excelsior; em 1989, como O Sexo dos Anjos - TV Globo


Logo de "O Terceiro Pecado",
em 1968, na TV Excelsior

Logo de "O Sexo dos Anjos", em 1989, na TV Globo

Antônio Maria, em 1968 - TV Tupi; em 1985 - TV Manchete

Véu de Noiva, em 1969 - TV Globo; em 2009, como Vende-se Um Véu de Noiva - SBT

Sangue do Meu Sangue, em 1969 - TV Excelsior; em 1995 - SBT

As Pupilas do Senhor Reitor, em 1970 - TV Record; em 1995 - SBT


O reitor (Dionísio Azevedo) e as pupilas (Geórgia Gomide e Márcia Maria) em 1970


O reitor (Juca de Oliveira) e as pupilas (Luciana Braga e Débora Bloch) em 1995

Irmãos Coragem, em 1970 e 1995 - TV Globo


Logo de "Irmãos Coragem", na TV Globo, em 1970

Logo de "Irmãos Coragem", na TV Globo, em 1995

O Meu Pé de Laranja Lima
, em 1970 - TV Tupi; em 1980 e 1999 - TV Bandeirantes

Nossa Filha Gabriela, em 1971 - TV Tupi; em 1986, como Hipertensão - TV Globo

Meu Pedacinho de Chão, em 1971 - TV Globo e TV Cultura, e 2014 - TV Globo

Camomila e Bem-Me-Quer, em 1972 - TV Tupi; em 1984, como Amor com Amor se Paga - TV Globo

Uma Rosa com Amor, em 1972 - TV Globo; em 2010 - SBT

Selva de Pedra, em 1972 e 1986 - TV Globo


Logo de "Selva de Pedra", na TV Globo, em 1972

Logo de "Selva de Pedra", na TV Globo, em 1986

Bicho do Mato, em 1972 - TV Globo; em 2006 - TV Record

Jerônimo, o Herói do Sertão (série), em 1972 - TV Tupi; em 1984 - SBT

A Grande Família (série), de 1972 a 1975 e de 2001 a 2014 - TV Globo

Os Ossos do Barão, em 1973 - TV Globo; em 1997 - SBT, com elementos de "O Ninho da Serpente", de 1982 - TV Bandeirantes

Mulheres de Areia, em 1973 - TV Tupi; em 1993 - TV Globo, com elementos de "O Espantalho",  de 1977 - TV Record, TV Tupi e TVS (SBT)

Logo de "Mulheres de Areia", na TV Tupi, em 1973
Logo de "Mulheres de Areia", na TV Globo, em 1993

Cavalo de Aço
, em 1973 - TV Globo; em 1988, como Fera Radical* - TV Globo

O Bem Amado, em 1973 (como novela), de 1980 a 1984 (como série) e 2010/2011 (como filme e minissérie) - TV Globo

O Rebu, em 1974 e 2014 - TV Globo

Logo de "O Rebu", na TV Globo, em 1974

Logo de "O Rebu", na TV Globo, em 2014

A Barba Azul, em 1974 - TV Tupi; em 1985, como A Gata Comeu - TV Globo

Ídolo de Pano, em 1974 - TV Tupi; em 1993, como Sonho Meu - TV Globo, com elementos de "A Pequena Orfã", de 1968 - TV Excelsior

Escalada, em 1975 - TV Globo; em 2006, como Cidadão Brasileiro* - TV Record

A Viagem, em 1975 - TV Tupi; em 1994 - TV Globo

Gabriela, em 1975 e 2012 - TV Globo

As Gabrielas da TV: Sônia Braga, em 1975, e Juliana Paes, em 2012

Pecado Capital, em 1976 e 1998 - TV Globo
Anjo Mal, em 1976 e 1997 - TV Globo

Saramandaia, em 1976 e 2013 - TV Globo

Logo de "Saramandaia", na TV Globo, em 1976
Logo de "Saramandaia", na TV Globo, em 2014

O Profeta
, em 1977 - TV Tupi; em 2006* - TV Globo

Dona Xepa, em 1977 - TV Globo; em 1990, como Lua Cheia de Amor - TV Globo; em 2013 - TV Record

A dona Xepa (Yara Cortes), de 1977

A dona Xepa (Ângela Leal), de 2013
Logo de "Lua Cheia de Amor", de 1990, adaptação de "Dona Xepa"
na própria TV Globo

O Astro
, em 1977 e 2011 - TV Globo

Carga Pesada (série), de 1979 a 1981 e entre 2003 e 2006  - TV Globo

Ciranda de Pedra, em 1981 e 2008* - TV Globo

Paraíso, em 1982 e 2009 - TV Globo

Seu Quequé (série), em 1982 - TV Cultura; em 1984, como Rabo de Saia* - TV Globo

Guerra dos Sexos, em 1983 e 2012 - TV Globo

Logo de "Guerra dos Sexos", na TV Globo, em 1983
Logo de "Guerra dos Sexos", na TV Globo, em 2012

Meus Filhos, Minha Vida, em 1984 - SBT; em 1996, como Razão de Viver - SBT

Ti-Ti-Ti, em 1985 e 2010, com elementos de "Plumas e Paetês", de 1980 - TV Globo

Sinhá Moça, em 1986 e 2006 - TV Globo


Lucélia Santos foi a "Sinhá Moça" em 1986.
Débora Falabella viveu a personagem em 2006.

Chiquititas, entre 1997 e 2001 e entre 2013 e 2015 - SBT


O elenco de Chiquititas, de 1997


O elenco da versão de 2013

A História de Ester, em 1998 e 2010* - TV Record

Sassaricando, em 1987 - TV Globo; como Haja Coração, em 2016 - TV Globo

Logo de "Sassaricando", na TV Globo, em 1987
Logo de "Haja Coração", na TV Globo, em 2016


------

Nesta postagem, trouxe apenas os remakes totalmente brasileiros de histórias já apresentadas antes. Não contei, por exemplo, as versões feitas pelo SBT para seus clássicos dramalhões latinos, como Maria Esperança, de 2007, remake de Maria Mercedes, ou Esmeralda, de 2004, ou, ainda, a contemporânea Cúmplices de Um Resgate, cujas originais já foram todas exibidas pela TV mais feliz do Brasil do Seu Silvio.

Achei mais interessante trazer para vocês, como curiosidade, a informação de que esse recurso de relançar histórias - algumas vezes, quase ipsi litteris, outras vezes, totalmente reformuladas - é algo muito comum na história da TV brasileira, o que não desmerece o talento de autores e atores e a competência das equipes envolvidas. Incluí algumas séries, também (poucas), por ter achado interessante a ocorrência das refilmagens nesses formatos.

Certos romances, há muito esquecidos nas prateleiras de bibliotecas, ganharam vida e fôlego ao serem redescobertos na TV, despertando a curiosidade dos telespectadores/leitores. 

Outras histórias, levadas ao ar nos primórdios da nossa televisão, duas a três vezes por semana, transmitidas ao vivo, retornaram às telas décadas depois, aprimoradas, grandiosas, para cativar ou não o público. 

Grandes sucessos voltaram, repaginados, para atrair novos telespectadores, que conheceriam uma história "inédita", e prender os antigos, instigando a nostalgia e, muitas vezes, uma "competição" sobre qual é a melhor versão da história.

Nessa brincadeira, autores, diretores e, mesmo, atores, misturaram literatura, cinema, radionovelas e as próprias telenovelas para criar histórias novas (e outras nem tão novas assim), para divertir, educar, contestar, escandalizar... No fim, cada personagem e cada história revela as inúmeras possibilidades guardadas no interior do ser humano.

Espero que vocês, meus barraqueiros, curtam a postagem.
Comentem, compartilhem!
Caso se recordem de algum remake não incluído aqui, por gentileza, comentem!

Abração, e até!

P.S.: Os títulos marcados com um asterisco (*) significam que a novela ou série não foi uma adaptação fiel da antecessora. Em certos casos, apenas o argumento original foi aproveitado, em outros, personagens e histórias se repetiram, mas em outro contexto etc.

P.S.: Artigo atualizado em 01/11/2016

Fonte:

Imagens:
Google Imagens